Muitas pessoas experimentam algum grau de perda auditiva já a partir dos 40 anos, por causa do envelhecimentonatural do corpo. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente uma em cada dez pessoas nesta faixa etária passa por esse problema. Depois dos 65 anos, a perda auditiva, conhecida como presbiacusia, tende a ser mais severa. A hereditariedade e a exposição frequente a ruídos altos, ao longo da vida, também são fatores que contribuem para a perda de audição na terceira idade: um problema que pode levar ao isolamento social progressivo e à depressão, principalmente se a pessoa também tiver outras limitações funcionais, como dificuldades para andar.
Infelizmente, a maioria dos indivíduos procura atendimento médico até 20 anos depois dos primeiros sinais de dificuldades para ouvir. “Isso significa que os anos se passam e as consequências da deficiência auditiva se agravam, sem intervenções que possam fazer a diferença, inclusive, no âmbito cognitivo do idoso. Quando as pessoas têm dificuldade em compreender o que alguém está dizendo, como é comum numa idade mais avançada, muitas vezes elas deixam de aceitar convites para jantares ou festas, deixam de assistir a shows ou palestras e não comparecem mais a eventos familiares. Esse isolamento pode levar à completa ausência de relacionamentos significativos e de atividades que são fundamentais para que os idosos se sintam importantes socialmente”, esclarece a fonoaudióloga Isabela Papera.
A principal evidência de que há algo errado com a audição é a dificuldade para se entender uma conversa ou ouvir um programa da TV, por exemplo. O zumbido no ouvido também pode ser um sinal de dano auditivo. A família tem papel fundamental nesse processo de descoberta da perda auditiva e início do tratamento adequado. “É muito frequente os familiares injustamente descreverem o idoso portador de deficiência auditiva como confuso, desorientado, distraído, não colaborador e zangado. Esses comentários acabam por afastar os deficientes auditivos do convívio em sociedade, podendo acarretar tristeza, depressão e até demência. Portanto, é de extrema importância que os familiares e amigos incentivem o idoso a procurar ajuda de um especialista”, explica. “Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição traz mais alegria de viver. E, na área auditiva, a tecnologia surge como uma grande aliada do deficiente auditivo. O uso de aparelhos auditivos, com alta tecnologia e com design muito atrativo, proporciona uma audição mais natural, resultando em melhorias significativas na qualidade de vida do idoso”, afirma a especialista.
Fonte: Portal Deficiência Auditiva